Em dezembro anunciámos a inclusão da FTW.Black na nossa divisão PRO de CS:GO passando a mesma, mais tarde, a ser a equipa representativa do clube na modalidade. Hoje, anunciamos a entrada de André "Mucha" Muchagata como treinador dessa mesma equipa e, também, staff de CS:GO do clube.
Fez cerca de um mês desde a entrada da FTW.Black - agora apresentando-se apenas pelo nome do clube - nos nossos quadros e, desde que cá estão, mostraram bons resultados, ficando a um jogo de apuração para a fase final da Moche TPGO. A equipa liderada por José "MISK" Rangel vê assim a ingressão de um treinador já com muita experiência na scene de Counter-Strike que regressou algo recentemente ao activo. Para conhecerem ainda melhor o veterano que é Mucha, montámos uma pequena entrevista.
Olá Mucha! Antes de mais, podes fazer uma introdução para quem não te conhece ainda?
"Olá a todos. O meu nome é André Muchagata, tenho 31 anos e sou conhecido por mucha. Muito provavelmente devo ser uma das pessoas mais antigas do CS ainda no ativo na nossa scene onde iniciei nos finais de 1999 nas versões beta. Fiz o meu percurso como jogador desde então até 2008 onde tive a felicidade de conseguir vingar e alcançar algumas boas vitórias, participar em torneios internacionais como a CPL e ESWC e, também, ter a honra de ter sido capitão da nossa selecção durante alguns anos. Depois de ter deixado de jogar afastei-me durante uns anos dos esports por razões pessoais mas felizmente tudo voltou ao normal e voltei a dar o meu contributo ao jogo que amo agora com um papel diferente mais virado para dinamizar e tentar disciplinar um pouco a mentalidade atual dentro de várias áreas."
Como surgiu a oportunidade de vires treinar a nossa FTW.PRO?
"A oportunidade surgiu de uma forma natural. A equipa que actualmente representa a FTW foi junta um pouco com a minha ajuda: Fui eu a ponte de ligação entre o Cunha e os restantes e depois de estarem juntos. O rezet teve a ideia de que um Coach poderia ser uma mais valia para ajudar na parte tactica e de análise e, então, foi aí que surgiu o meu nome. Como eu falava regularmente com o vastik e já tinha trabalhado com o Cunha nos Defs entraram em contacto comigo."
Que expetativas tens para este ano?
"Não gosto de apontar a nenhum lugar especifico. Prefiro confirmar que trabalho é coisa que não vai faltar nesta equipa até porque foi uma das coisas que me levou a aceitar ficar com este grupo. São jogadores muito empenhados, que gostam de trabalhar e julgo que isso é a base do sucesso. Se vamos conseguir? Não sei mas vou trabalhar ao máximo para tirar essa dúvida."
Apesar do regresso recente, mucha (à esquerda) já marcou presença nos ultimos grandes eventos offline nacionais (Foto: FRAGlíder)
Agora mudando de foco - nos últimos meses houve uma quantidade mais alta que o normal para torneios de CS:GO e tivemos agora a saída de vários jogadores nacionais com bastante potencial para Espanha. Com isto em conta, onde vês a scene nacional daqui a 2 anos?
"Eu vejo toda esta situação com grande ironia porque até há bem pouco tempo tinhamos as equipas a queixarem-se da falta de eventos e, realmente, na parte final de 2017 tivemos bastantes e com boa qualidade e arriscamo-nos a ter ainda mais eventos. Pelo andar da carruagem vão ser os organizadores a queixarem-se da falta de equipas de qualidade. Relativamente aos portugueses terem de ir para Espanha em busca de melhores condições como jogadores fico triste porque - muitas pessoas não sabem - antigamente houve situações onde os jogadores espanhóis até se ofereciam para virem jogar para as equipas portuguesas porque estávamos ligeiramente melhores do que em espanha e agora estamos a anos-luz deles. Como é que vejo a scene nacional daqui a 2 anos? Talvez seja o tempo que precisamos até que os mais novos amadureçam e deixe de haver uma gap tão grande em termos de idades e que apareçam mais jogadores preparados para se tornarem realmente competitivos."
E realisticamente, como gostavas que ela estivesse?
"Eu gostava que fosse tudo, tudo ao contrário: que tivesse sido Portugal a ter esta entrada de investimento que houve em Espanha e que tudo que envolvesse os esports tivesse evoluído em conjunto porque apesar de tudo isto Portugal continua a produzir melhores jogadores."
Para terminar, gostavas de fazer alguns agradecimentos?
"Sim. Quero agradecer em 1º lugar a ti, Eutalyx, pela entrevista que era uma coisa que já não estava habituado, visto que agora sou sempre eu a fazer as perguntas e não a responder. Agradecer à FTW por me acolher e, principalmente, por ter demonstrado grande confiança e interesse no meu trabalho. Por último a todas as pessoas que me vão apoiando com uma palavra amiga ou com criticas construtivas de maneira a que me ajudem também a evoluir."
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Categorias: Counter Strike